O futuro da educação passa pela informação, e conforme explica o empresário especialista em educação, Sergio Bento de Araujo, o acesso a dados públicos é uma das ferramentas mais poderosas para transformar o ensino brasileiro. Em um cenário onde tecnologia, governança e transparência caminham juntas, os dados abertos se tornaram o novo alicerce da tomada de decisão, tanto nas escolas quanto nas políticas públicas.
O que são estes dados abertos e com elas vem transformando a expectativa e visão da educação daqui para frente? Venha compreender tudo isso neste artigo!
A revolução silenciosa dos dados
Quando falamos em revolução educacional, pensamos em novas metodologias ou plataformas digitais. No entanto, uma das transformações mais profundas está acontecendo nos bastidores: o uso estratégico das informações produzidas por órgãos públicos como o IBGE, o MEC e o Inep.
Esses dados mostram onde estão as desigualdades, quais escolas precisam de mais apoio, como evoluem os índices de alfabetização e até o impacto de políticas como o PNLD (Programa Nacional do Livro e do Material Didático). Como informa Sergio Bento de Araujo, o grande diferencial está em usar essas informações de forma inteligente, transformando números em conhecimento e conhecimento em ação.
Transparência e governança: o novo papel da gestão pública
O conceito de dados abertos vai muito além de planilhas disponíveis na internet. Ele representa uma cultura de transparência e colaboração, onde governos, educadores e cidadãos podem analisar, propor e melhorar políticas a partir de evidências.
O Plano de Dados Abertos 2024-2025 do IBGE, por exemplo, define diretrizes para ampliar o acesso a informações geográficas, ambientais, econômicas e sociais, que também têm reflexo direto na educação. Com essas bases, é possível identificar comunidades em vulnerabilidade, planejar escolas em regiões de crescimento populacional e direcionar investimentos de forma eficiente.
Segundo o empresário Sergio Bento de Araujo, o uso estratégico dos dados é um ato de responsabilidade social, é garantir que cada decisão educacional seja baseada em fatos, e não apenas em percepções.
Da análise à sala de aula: o poder da informação aplicada
Os dados abertos também fortalecem o trabalho de professores e gestores escolares. Plataformas de monitoramento educacional permitem acompanhar indicadores de desempenho, frequência e evasão, oferecendo uma visão em tempo real da aprendizagem.
Essas informações ajudam a personalizar o ensino, adaptar metodologias e entender o contexto de cada aluno. É o que chamamos de educação baseada em evidências, um modelo que conecta pesquisa, prática e política pública em um mesmo propósito: melhorar a qualidade do aprendizado.
Sergio Bento de Araujo ressalta que a tecnologia é apenas o meio, pois o essencial é saber como traduzir os dados em estratégias humanas, capazes de apoiar o professor e motivar o estudante.
Dados, cidadania e inclusão digital
Os dados abertos também têm um papel fundamental na formação de cidadãos conscientes. Ao aprender a interpretar informações, comparar fontes e compreender indicadores, o aluno desenvolve pensamento crítico e autonomia intelectual.
Esse é um dos pilares da cidadania digital, ensinar não apenas a consumir tecnologia, mas a utilizá-la com responsabilidade e propósito, tal como alude Sergio Bento de Araujo, formar jovens capazes de ler o mundo digital com senso ético e analítico é um dos maiores desafios da escola contemporânea.

A transparência, nesse contexto, não é apenas um valor institucional, mas uma ferramenta de aprendizado social. Quanto mais aberta a informação, mais participativa e democrática se torna a educação e mais inovações podem ser criadas com a certeza que os jovens estarão prontos para recebê-las.
Parcerias e inovação: o papel das instituições
O potencial dos dados abertos cresce ainda mais quando há colaboração entre governos, escolas, universidades e setor privado. Iniciativas conjuntas vêm criando painéis integrados que cruzam indicadores educacionais com dados sociais, de infraestrutura e economia, permitindo análises mais completas sobre o desenvolvimento das comunidades.
Essas soluções também aproximam o país de modelos internacionais de inovação pública, em que o conhecimento é compartilhado e as decisões são orientadas por resultados reais. Como considera Sergio Bento de Araujo, a inovação só faz sentido quando é acessível, transparente e voltada para o bem comum.
O desafio da cultura de dados
Apesar dos avanços, o Brasil ainda enfrenta o desafio de consolidar uma cultura de dados na educação, muitos gestores e profissionais ainda não têm formação técnica para interpretar relatórios complexos, o que limita o potencial dessas ferramentas. Investir em capacitação e alfabetização digital é essencial para que os dados se tornem instrumentos de transformação e não apenas de registro.
Sergio Bento de Araujo frisa que o conhecimento deve ser compartilhado, da sala de aula à secretaria, criando uma rede colaborativa de aprendizado baseada em informação confiável e acessível. Os dados abertos têm o poder de tornar o sistema educacional mais eficiente, justo e participativo, conectando tecnologia à responsabilidade social.
Informação é poder, mas também é compromisso, e usar os dados para transformar a educação é mais do que inovação: é garantir que cada aluno tenha acesso a um aprendizado de qualidade, sustentado por conhecimento e transparência.
Autor: Dean Ribeiro

