Conforme Kelsem Ricardo Rios Lima, os investimentos internacionais, em cenários de volatilidade doméstica, dolarizar uma fatia do portfólio deixa de ser modismo e passa a ser mecanismo técnico de proteção, diversificação e acesso a motores globais de crescimento. A decisão de expor parte do patrimônio a ativos atrelados ao dólar reduz a dependência de variáveis locais e melhora a relação risco-retorno no longo prazo.
Além de blindar o poder de compra contra choques cambiais e inflacionários, essa postura amplia horizontes de alocação e disciplina a gestão de riscos. Assim, este artigo apresenta motivos objetivos para dolarizar, caminhos práticos de execução e cuidados de governança que preservam liquidez, transparência e conformidade.
Investimentos internacionais: Proteção cambial, inflação e risco-país
Iniciar pelos fundamentos é decisivo. Em economias emergentes, ciclos políticos e fiscais costumam produzir oscilações bruscas no câmbio e nos juros, afetando preços de ativos locais. Exposição em dólar atua como seguro natural do portfólio, compensando desvalorizações da moeda doméstica sem depender de previsões perfeitas. Paralelamente, ativos internacionais preservam o poder de compra global: o investidor mantém capacidade de adquirir bens precificados em moeda forte, mesmo quando preços internos aceleram.
Além da camada cambial, a diversificação geográfica dilui o risco-país. Eventos idiossincráticos tendem a afetar múltiplos setores simultaneamente no mercado doméstico. Ao distribuir capital em diferentes jurisdições, setores e moedas, o investidor diminui a correlação entre perdas e protege objetivos de longo prazo. Ademais, como evidencia Kelsem Ricardo Rios Lima, os títulos soberanos de alta qualidade e fundos de curto prazo em dólar oferecem lastros líquidos para emergências.
Diversificação setorial, inovação e ciclos globais
Olhar para fora também significa acessar setores sub-representados na Bolsa local. Tecnologia de ponta, biotecnologia, semicondutores, software corporativo, energias limpas e cadeias globais de consumo possuem escala e maturidade maiores em mercados desenvolvidos. Ao incorporar ETFs amplos (como índices globais ou regionais) e temáticos (como nuvem, saúde ou eficiência energética), o investidor captura lucros de empresas líderes e suaviza a dependência de ciclos domésticos.

Do ponto de vista macro, as economias caminham em ritmos distintos. Enquanto uma região desacelera, outra avança; enquanto setores cíclicos sofrem, defensivos prosperam. Ter exposição internacional permite rebalancear a carteira conforme os sinais de mercado, reduzindo o custo de oportunidade. Além disso, como elucida Kelsem Ricardo Rios Lima, commodities estratégicas, REITs e títulos indexados à inflação estrangeira acrescentam camadas de proteção específicas.
Como dolarizar com método, custos controlados e conformidade?
A execução exige prudência e clareza. Canais comuns incluem contas internacionais de investimento, corretoras globais reguladas, ETFs listados no exterior, fundos multimercados com mandato global, BDRs de ETFs e fundos cambiais domésticos. Cada via possui implicações de custo, tributação, liquidez e conveniência operacional. O passo inicial é definir a política de alocação cambial e distribuí-la entre caixa em dólar, renda fixa de alta qualidade, índices amplos de ações e parcelas satélites temáticas.
Segundo Kelsem Ricardo Rios Lima, os custos e riscos devem ser mensurados antes do clique. Taxas de corretagem, custódia, spread cambial, impostos aplicáveis e eventual bitributação impactam o retorno líquido. Por isso, vale comparar provedores, preferir veículos líquidos e evitar estruturas opacas. Sob a ótica de controles, documentos de suitability, registro de ordens, comprovação de origem de recursos e relatórios de posição facilitam auditorias e oferecem previsibilidade.
Dolarizar é decisão de prudência, não de adivinhação
Conclui-se assim que, dolarizar parte do patrimônio não é uma aposta contra o país, e sim uma política de proteção e eficiência para enfrentar ciclos inevitáveis. Ao combinar seguro cambial, diversificação global e acesso a setores líderes, o investidor amplia resiliência e melhora a qualidade do retorno ajustado ao risco. Para Kelsem Ricardo Rios Lima, a execução, por sua vez, pede método: metas claras, veículos adequados, custos sob controle e conformidade contínua.
Autor: Dean Ribeiro

