As terapias hormonais bioidênticas têm ganhado espaço na medicina reprodutiva moderna, e Oluwatosin Tolulope Ajidahun aponta que sua aplicação vem sendo considerada em casos específicos de infertilidade, principalmente relacionados a desequilíbrios hormonais femininos e masculinos. Esses compostos, estruturalmente idênticos aos hormônios naturais do corpo, prometem efeitos fisiológicos mais previsíveis e menor risco de reações adversas.
A proposta da terapia bioidêntica é restabelecer os níveis hormonais de forma mais natural e personalizada. Por esse motivo, ela tem sido analisada como uma alternativa ao tratamento convencional em situações como falhas de ovulação, fase lútea deficiente, menopausa precoce e disfunções androgênicas masculinas, podendo atuar como complemento aos protocolos de reprodução assistida.
Terapias hormonais: hormônios bioidênticos e como atuam no corpo
Os hormônios bioidênticos são produzidos em laboratório com uma estrutura molecular idêntica aos hormônios naturalmente presentes no corpo humano. Eles podem incluir progesterona, estrogênio, testosterona, DHEA e outros esteroides sexuais. A administração pode ocorrer por via transdérmica, oral ou sublingual, dependendo da formulação e da necessidade clínica.
Tosyn Lopes informa que, por mimetizarem a ação dos hormônios endógenos, esses compostos interagem diretamente com os receptores celulares do sistema reprodutor. Com isso, há melhora da resposta endometrial, regulação do ciclo menstrual, estímulo à espermatogênese e, em alguns casos, aumento da receptividade uterina para implantação embrionária.
Aplicações em mulheres com distúrbios hormonais
Pacientes com ciclos anovulatórios, baixa reserva ovariana ou fase lútea encurtada podem se beneficiar da modulação hormonal com bioidênticos. A progesterona natural micronizada, por exemplo, tem sido utilizada para restaurar a fase secretora do endométrio, favorecendo a implantação embrionária e sustentação do início da gestação.
De acordo com Oluwatosin Tolulope Ajidahun, essa abordagem também tem sido empregada em mulheres com sintomas de menopausa precoce ou perimenopausa, com o objetivo de restaurar a regularidade hormonal e ampliar as possibilidades de concepção. No entanto, a aplicação deve ser criteriosa, com acompanhamento médico rigoroso e exames periódicos para ajuste de dosagem.
Benefícios e limitações nos casos de infertilidade masculina
Em homens, os hormônios bioidênticos vêm sendo utilizados como alternativa para melhorar a função testicular em quadros de hipogonadismo leve ou queda natural da testosterona com a idade. Níveis hormonais adequados são fundamentais para a produção e maturação dos espermatozoides, bem como para a libido e função sexual.
Tosyn Lopes comenta que, ao contrário dos anabolizantes sintéticos, os bioidênticos podem ser utilizados com menor risco de supressão do eixo hipotálamo-hipófise-gonadal. No entanto, é importante ressaltar que nem todos os casos são elegíveis para esse tipo de abordagem, sendo necessária a avaliação de parâmetros como FSH, LH, testosterona total e livre, e SHBG.
Riscos, precauções e controle médico
Embora considerados seguros em muitos protocolos, os hormônios bioidênticos não estão isentos de efeitos adversos. O uso inadequado pode provocar hiperplasia endometrial, alterações hepáticas, trombose ou descompasso hormonal. Por isso, é fundamental realizar exames regulares de controle, como perfil hormonal completo, ultrassonografia e testes de função hepática.
Oluwatosin Tolulope Ajidahun frisa que esse tipo de tratamento deve ser conduzido por médicos especializados em endocrinologia reprodutiva ou ginecologia funcional. A personalização da dosagem e a avaliação dos riscos individuais são indispensáveis para garantir segurança e eficácia ao longo do tratamento.
Entre avanços e limites: o que esperar do uso de bioidênticos na reprodução humana
Com o avanço das pesquisas, a terapia hormonal bioidêntica se consolida como uma ferramenta útil, especialmente para pacientes que não se adaptam bem às terapias convencionais. Quando indicada de forma adequada, pode melhorar significativamente a qualidade do endométrio, a regulação ovulatória e a espermatogênese.
Tosyn Lopes analisa que, embora promissora, essa abordagem ainda exige padronização científica mais ampla e deve ser aplicada com cautela. O equilíbrio hormonal é delicado e qualquer intervenção requer conhecimento técnico, personalização e responsabilidade médica contínua.
Autor: Dean Ribeiro
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